O que estou fazendo?
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Clientes...
Existem muitos tipos, alguns implicam por mínimas coisas e outros só encrencam quando a mancada é muito grande.
Tem cliente que ao encontrar um fio de cabelo na comida em um restaurante, tira o fio, e continua comendo numa boa. Tem cliente que chama o garçom e pede pra trocar o prato. E tem sempre aquele que levanta, joga o prato no chão, grita que tinha um cabelo em sua comida, vomita no garçom, xinga todo mundo e no dia seguinte organiza uma passeata na frente do restaurante pedindo pra fiscalização sanitária interditar tudo. E ainda tem aqueles que engolem o fio sem perceber e ainda pagam os 10% da gorjeta.
Mas de vez em quando acontecem coisas que de fato são sacanagem.
Estava na Bahia em uma lanchonete com um amigo, que pediu um suco de laranja com gelo e sem açúcar. Meia hora depois, o garçom aparece com o suco: Sem gelo e com 2 dedos de açúcar no fundo. Meu amigo, eu sua posição de cliente, reclamou: “Cara, pedi o suco há meia hora, sem açúcar e com gelo! Você me mandou sem gelo, e olha quanto açúcar tem aí!” Quase caí de costas ao ouvir a resposta do garçom: “Ah, num mexe não...aí o açúcar não sobe...”
Parece piada, mas isso aconteceu de verdade.
Existe o cliente esnobe, que reclama quando recebe tratamento de boteco em um bistrô francês, e tem cliente imbecil, que quer atendimento de bistrô francês quando vai ao boteco. Ambos sempre acham estar em sua razão, e às vezes é até verdade, mas às vezes dá vontade de comprar a briga do estabelecimento. Já vi madame brigando com o segurança por que não a deixavam entrar com seu labrador no restaurante. Deviam deixar o cachorro entrar e deixar ela de fora, o maior animal da história.
Não estou aqui pra falar mal de cliente nem nada, afinal eu tenho clientes, que podem ler meu blog e vir aqui na frente fazer passeata. Acho que a relação cliente x estabelecimento deve ser como qualquer relação: Com respeito, e transparência. E sempre é bom saber o que você pode exigir ou não de um serviço antes de sair reclamando. Não adianta pedir nota fiscal paulista pra puta, não vai rolar.
Enfim, se não gostou do post, o tel do PROCON é 151. Entra na fila.
Fui!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Óia o Arraiá!
Junho! Clima de festança, São João e tudo mais.
Quando eu era pequeno, gostava muito da festa junina, era a minha chance de ter um bigode igual o do meu pai e também de descolar um par, nem que fosse por um dia. O bom de estudar na escola pública era que não precisava esperar até junho, tinha quadrilha o ano todo.
Ainda me lembro das musiquinhas que a gente ensaiava, do chapéu de palha e dos remendos nas calças. Sempre tinha a quadrilha, o noivo, a noiva, e o padre. Este último sempre sobrava pro gordo nerd e chato, já que nenhuma das meninas queriam dançar com ele. Não, eu nunca fui o padre, mas hoje penso que com tantos meninos por perto, um padre naquele meio seria o personagem com mais chances de se dar bem.
O engraçado era a noção que tínhamos do "Povo Caipira": Desdentados, bigodudos, com roupas remendadas e chapéu de palha. Quando eu ia pro interior, via que não tinha muito a ver, a não ser por umas tias que sim, eram bigodudas, ninguém se vestia daquele jeito. Na verdade, meus primos do interior usavam camiseta Big Johnson e Le Cheval que acendia a luzinha no calcanhar. Tremendo preconceito achar que o povo do interior andava desdentado e remendado. Na verdade a quadrilha parecia mais uma reunião do MST do que uma dança de caipiras: "Olha a terra improdutiiiiiva! É mentiiiiira!"
Da última vez que fui pro interior, não vi nada daquilo nas festas. O que eu via era um gol quadrado com o porta malas aberto, som bombando na pracinha da igreja, tocando Funk enquanto as "caipiretes"dançavam e rebolavam por ali. Não se parecia em nada com a nossa dancinha de quadrilha inocente.
Tinha uma música de festa junina que eu nunca entendia:
"Capelinha de Melão é de São João/ É de cravo, é de rosa, é de manjericão."
O que seria uma capelinha de melão? Ou uma de cravo...de manjericão? Você já viu alguma capela de manjericão? De onde é que tiraram isso? Inexplicável!
Outra música sem sentido:
O balão vai subindo/ Vai caindo a garoa/ O céu é tão lindo/ A noite é tão boa.
Se está garoando, como o balão está subindo? O balão vai molhar e não vai subir! Fato! E como o céu está lindo e a noite boa com garoa? A garoa vai apagar a fogueira, vai borrar as maquiagens, vai molhar as capelinhas de melão, vai acabar com a festa!
Uma última dúvida: Em toda festa caipira sempre tem "Pau de Cebo". Será que esses caipiras não tomam banho não? Que nojo!
Óia o fim do post!!! É verdaaadeeeee!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Disfarça!
Na nossa vida sempre existem momentos que precisam da tradicional disfarçadinha, para que você não se dê mal, não pareça um idiota e nem cause problemas maiores.
O que é a disfarçada? Vou tentar explicar:
Sabe aquela reunião que já está acontecendo há 2 horas, que a voz das pessoas já parece cantiga de ninar? Seus olhos começam a se fechar, e sua cabeça vai ficando pesada, é cada vez mais difícil de manter-se alerta. De repente acontece, você dá aquela pescada e sai um pequeno ronco, que te faz acordar imediatamente. Então o que você faz? Finge uma tosse, um engasgo ou qualquer outro ruído, pra que não fique evidente que você estava mesmo era puxando um ronco bonito. Pronto, o ronco foi disfarçado, e se você for convincente, ainda te oferecem água para se recuperar do engasgo.
Posso citar algo que ocorreu comigo.
Estava saindo com uma Priscila, e depois de algumas semanas, não deu muito certo e eu saí com outra garota, a Mariana.
Já estava na hora de ela ir embora quando disse “Ah, está tarde, preciso ir!”
Foi quando eu soltei “Ah não! Fica mais um pouco, PRI!”
Sim, eu estava chamando a Mariana de Pri...poderia arruinar as chances com ela pra sempre, quando entrou a disfarçada:
“Ah não! Fica mais um pouco, PRI...nnnnnncesa!”
Ela poderia até achar que eu tinha uma dicção estranha, mas nunca pensaria que foi chamada de Priscila. Ficou foi contente com o “Princesa”.
Em uma outra ocasião, após um peido alto, consegui fazer a cadeira ranger de uma maneira tão parecida com o peido que ninguém nem desconfiou!
Já ouvi falar de gente que pegou a Marginal Tietê só pra poder peidar tranqüilo pelo caminho, botando a culpa no rio.
E por aí vai...você dá tchau pra alguém e quando percebe que este alguém não te viu, você finge que apenas ia coçar a cabeça; quando alguém desliga na sua cara, você finge que ainda está falando, disfarça que estava olhando pra uma vitrine só pra ver a loiraça passando...
Dizem que a mentira é essencial para a convivência pacífica das pessoas, mas na minha opinião o disfarce também tem um papel importantíssimo!
Agora disfarça a risada, fecha esse site, e vai fazer o que você devia estar fazendo, vai!