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    sexta-feira, 17 de julho de 2009

    Trapalhadas em série

    Não sei bem como explicar o que acontece, nem quais são os motivos, mas de tempos em tempos eu apresento uma patologia estranha.

    Sem explicação, me torno um desastre, derrubo tudo o que tenho à minha volta, tropeço sem motivo, bato o dedinho na quina da porta, me sinto o protagonista de uma comédia-pastelão.
    Isso aqui é mais um desabafo, gostaria de dividir com você. No último domingo, minha namorada dormiu na minha casa, e na melhor das intenções, acordei antes dela pra preparar um café da manhã.

    Pão com requeijão, bolo, chocolate batido, bananinha... Tudo perfeito! Pra deixar ainda melhor, fui levar o café na cama, é claro. Ao me aproximar da cama, em um lapso de coordenação motora, proporcionei um banho de chocolate na pobre coitada. Tinha chocolate até dentro do ouvido dela.

    Não, ela não se mostrou muito brava comigo, aliás, a intenção era ótima. Mas resultou em edredons, chão, colchão, tudo melado.
    Tudo bem, até então era um fato isolado. Um pouco mais tarde, ao entrar no quarto, deixei meu dedinho no batente da porta. Era dor demais para um dedinho assumir sozinho. Eu dava pulinhos de dor em um pé só, e praticamente mugia como um boi. Era a confirmação da era desastrosa na qual em entrava.

    Esta era não tem hora pra acabar, e apenas torço para que os estragos sejam os menores possíveis. Na verdade, se a era que eu estivesse entrando fosse a "Era de Aquário", eu quebraria o aquário sem querer, e mataria todos os peixes.

    O domingo acabou. Durante a semana, estava numa lanchonete com o pessoal do trabalho, fui até aquela máquina de refrigerante onde você enche seu próprio copo (que você não se sente satisfeito enquanto não conseguir deixar o copo com 2 dedos de bebida acima da borda) e na hora de fechar o com a tampinha, adivinhe: Coca no balcão, Coca no meu lanche e Coca nos meus pés.
    Tudo o que eu conseguia fazer era rir e fingir naturalidade perante os olhares do pessoal da fila. Na verdade era sim algo natural. Pelo menos EU já estava acostumado.

    Ainda no mesmo dia, fui até a mesa da minha chefe, e com meu cotovelo, derrubei uma garrafa d´água no chão. Sorte a minha estar quase vazia.

    Mas o pior de tudo foi hoje de manhã. Acordei com vontade de suco de laranja - adoro suco de laranja - e liguei o espremedor. Por coincidência, a minha namorada (pobrezinha) estava em casa, e eu fiz suco pra nós dois. 12 laranjas depois, eu tinha 2 belos copos de suco, fresco e natural.
    Peguei meu copo e levei até a mesa. Antes mesmo de dar o primeiro gole, sem entender o porquê, virei o copo em cima da mesa. Sim, era o terceiro copo na semana, e eu não me lembro de uma frustração maior do que perder aquele suco. Ela me olhou, e não disse nada. Apenas levantou as sobrancelhas.

    Aquilo não podia me deter, fui até o espremedor novamente, e 8 laranjas mais tarde eu tinha meu segundo copo, tão glamuroso quanto o primeiro. Fui até a mesa novamente, e acreditem ou não, ao colocar o copo, ele virou de novo! O quarto copo da semana. Exatamente da mesma forma que o primeiro suco, lá se ia minha vitamina C.

    Depois de ver aquilo, me rendi. A gravidade venceu, e eu não me atrevi a fazer tudo aquilo de novo. Assumi que não era um bom dia para sucos de laranja (talvez nem para sair na rua), escovei os dentes decepcionado, e admiti a derrota. Do banheiro, ouvia as gargalhadas da minha namorada, que eram inevitáveis.

    Não sei onde isso vai acabar, mas caso aconteça alguma coisa comigo, deixem suas condolências nos coments aqui do blog.

    Muito obrigado.